Instalei o Linux Você acaba de instalar o Linux, com os pacotes que quis, programas legais, coisas interessantes, criou um usuário pra você (se não, crie agora!), se logou como esse usuário, deu o password e agora esta no prompt olhando para a tela neste exato momento, se perguntando: "O que faço agora?" Calma, vamos agora fazer um "teste", vamos fazer tarefas que você faria no DOS, vamos comparar os dois sistemas, vamos começar vendo o básico de tudo. Lembre-se que está seção é um apanhamento geral do resto do manual. Você pode encontrar coisas aqui que não encontrara em outras seções. Aqui você vai encontrar o básico de tudo, se quiser mais detalhes, veja também as outras seções deste manual. Com certeza você sairá com muito conhecimento. Vamos agora aprender coisas simples: - Como sair do Linux. Se você estiver no modo texto (terminal), é só digitar CTRL+ALT+DEL, se você estiver no X-Window, você terá primeiro que digitar CTRL+ALT+BACKSPACE, depois você digita CTRL+ALT+DEL. Nunca dê Reset na "tora", pois isso pode danificar seu sistema de arquivos, e algumas coisas você fez não vão ser salvas. - O Linux tem uma coisa que o DOS não tem, permissões, acessos. Você está logado como um usuário normal, e de repente quer executar algum programa ou editar algum arquivo mas quando tenta, dá "Permisson Denied". Quer dizer o que você está tentando não é possível fazer por você como esse usuário. O usuário que pode fazer tudo, eu disse TUDO no sistema, é o root, ou seja, o administrador do sistema. - Você agora está no prompt. Se o prompt terminar em $ você estará como usuário normal, e quando estiver terminando em #, você está como root. Você agora quer obter ajuda, tente o bom e velho: $ help Este comando lhe dá ajuda sobre o bash (uma shell), se você quiser ajuda sobre um determinado comando, tente os manuais online: $ man comando Isso invoca o manual do comando. Você pode tentar também: $ apropos comando $ whatis comando e pressione 'q' para sair. - Quando você vê a sintaxe do comando, você terá que saber que: Na sintaxe do comando: $ tar -tf < file.tar > [> redir_file] o < ... > significa uma coisa essencial ao comando o ( ... ) significa uma coisa opcional No exemplo acima, "file.tar" tem que ser identificado, e "> redir_file" é opcional. Notas: - * mostra todos os arquivos exceto os ocultos; - .* mostra todos os arquivos ocultos; - *.* mostra somente os que tiverem um "." (sem aspas) no meio, seguido de caracteres; - p*r mostra tudo que começar com p e terminar com r; - *c* mostra todos os arquivos que tiverem um c no meio. - Quando usado more, pressione SPACE para ler o arquivo, q ou CTRL-C para sair, less é melhor e deixa que você use as setas do teclado. - Não há UNDELETE, então pense duas vezes antes de apagar alguma coisa; - Adicionando aos < > >> do DOS, o Linux tem 2> para redirecionar mensagens de erro (stderr); 2>&1 redireciona srderr para stdout, enquanto 1>&2 redireciona stdout para stderr; - O Linux tem mais um wildcardL o []. Use [abc]* mostra arquivos começando com a, b, c; *[I-N,1,2,3] mostra arquivos terminando com I,J,K,L,M,N,1,2,3; - Não existe um DOS RENAME; para isso se utiliza mv *.xxx *.yyy; - Use cp -i e mv -i para ser avisado quando um arquivo está para ser sobrescrito. Multi-tarefa O Linux é um sistema multi-tarefa, por isso, ele pode ser acessado por vários consoles ao mesmo tempo, assim como pode ser rodado vários programas ao mesmo tempo. Para mudar o console do 1 a 6, utilize: ALT+N (Onde N é o número do console) Exemplo: ALT+1, ALT+2, ALT+3, ALT+4, ALT+5, ALT+6 Agora você pode ir para o próximo console e o antecedente com: ALT+RIGHT (Vai pra 1 console A FRENTE) ALT+LEFT (Vai pra 1 console ATRÁS) Se você quiser ir para outra sessão sem sair do console, utilize o comando su: su < usuário > Exemplo: su root Para sair da sessão: $ exit Notas: 1. Quando usando rmdir, o diretório para remover tem que estar vazio. Para deletar o diretório com o que contém dentro, use rm -R (em seu risco) 2. O caractere '~' é um atalho para o nome do seu diretório home. Os comandos cd ou cd ~ fazem você ir para seu home de onde você estiver. o comando cd ~/tmp leva você para /home/voce/tmp. 3. cd - um undo para o último cd. Utilizando Floppy no LINUX Para montar um floppy disk, isto é, um disco flexível, você terá que utilizar o comando 'mount'. Você terá que ter o driver e o device respectivamente (fd0, fd1, fd2, etc). Então você deverá digitar: mount /dev/fd0 /diretório_ao_disco_ser_acessado Um exemplo: mount /dev/fd0 /mnt/disk Isto fará com que você acesse o conteúdo do disquete que foi para o diretório /mnt/disk. Quando você quiser retirar o disco geralmente deve-se 'desmontá-lo' primeiro. Digite: umount /dev/fd0 Você pode também fazer o seguinte, criar um script, que se chama, por exemplo de 'diskon' (Para ativar) e 'diskoff' (Para desativar). Então para melhor utilização, coloque este arquivo em um diretório PATH, ou então coloque o PATH no diretório onde você quiser colocar os scripts. Configurando PATH Para ver os atuais diretórios que estão como PATH, digite o seguinte: echo $PATH Se o diretório desejado não estiver na lista, coloque-o assim: PATH=$PATH:/diretorio/a/ser/colocado/no/path Isso colocará o /diretorio/a/ser/colocado/no/path no PATH. Obs: Essas instruções são válidas somente para uma seção! Ou seja, são temporários. Se você quiser colocar um PATH permanente, coloque num profile pessoal. Se quiser ser um PATH GLOBAL, coloque o diretório no arquivo /etc/profile aonde indicado. Manipulando usuários no LINUX Para adicionar um usuário em seu sistema, você deve proceder assim: - Digite o comando 'adduser'; - O sistema vai pedir o Login, escolha-o; - Depois vai pedir uma série de coisas, aperte (enter) até aparecer 'password'; - Escolha o password e pronto. O usuário foi cadastrado no arquivo /etc/passwd . Se este usuário quiser acessar permissões de outros usuários, o seguinte comando deve ser usado: su (usuario) Depois de ter digitado isso, o sistema vai pedir o password do (usuário), coloque-o e assim, você poderá acessar tudo o que o outro acessa. Para sair desse 'acesso' ao seu login normal, digite 'exit' Obs: O usuário root é o administrador do sistema, ou seja, ele controla TUDO. Aliás, ele que dá as permissoes para outros usuários. Então lembre-se, se você for cadastrar um usuário você deve estar com o poder do root. Para apagar um usuário, deve-se proceder assim: - Edite o arquivo /etc/passwd e procure a linha equivalente a: (usuário):(senha criptografada):(ID do grupo):(Grupo):(Home):(Shell); - Retire esta linha, e o login não mais existirá; - Apague o diretório HOME do usuário(se existir); - Apague o arquivo /var/spool/(usuario) e pronto. Descadastrado. Dica: É aconselhável você adicionar um login diferente de root, para que você não faça nenhuma 'besteira sem querer' ao usar o login do root, mas quando você quiser usar o root como usuário, utilize o comando 'su', que você pode ver logo acima. Criando outro usuário com o poder de root: - Faça os procedimentos de criar um usuário normal; - Edite o /etc/passwd com um editor de texto comum; - Vá na linha do usuário e edite para: (usuário):(senha criptografada):0:0:(Home):(Shell) e pronto ^ ^ Então o usuário terá todo o poder do root por padrão. Recompilando o Kernel Para recompilar seu kernel para uma versão nova que você pegou, você deve prosseguir como descrito abaixo. Os * significam opcionais. Que vem explicações depois. cd /usr/src rm -rf linux tar xvfz ondeeleestiver/linux-2.0.34 ln -s linux-2.0.34 linux cd linux make menuconfig (*) Aqui você pode substituir por make config (console) make xconfig (x-windows) make dep make clean make zImage make zdisk (*) Aqui é para se você quer um disco de boot make zlilo (*) Aqui é para compilar o LILO também make modules make modules_install lilo (*) Instalação do LILO init 6 (*) Reinicialização Neste exemplo, usamos o linux-2.0.34 que é a atualização para o kernel 2.0.34. Agora se você quer recompilar seu kernel sem a atualização, somente para reconfigurar ele, vá direto ao: cd /usr/src/linux make menuconfig (*) Aqui você pode substituir por make config (console) make xconfig (x-windows) make dep make clean make zImage cp /usr/src/linux/arch/i386/boot/zImage /boot/vmlinux make zdisk (*) Aqui é para se você quer um disco de boot make zlilo (*) Aqui é para compilar o LILO também make modules make modules_install lilo (*) Instalação do LILO init 6 (*) Reinicialização E prontinho... Usando partições LINUX no Windows 95/98 e vice-versa Quem tem os dois sistemas(Win59+Linux) sempre quer ter os dois no seu controle, para isso, temos que enxergar ambas partições, para ter um controle maior. Mas como fazer isso? Temos aqui 2 métodos para enxergar Win95 no Linux... - Verifique em qual partiçõo (/dev/hd??) está o Win95 (aqui: /dev/hda1) - Escolha um diretorio para a partiçõo ser montada (aqui: /mnt/win95) - Digite: mount /dev/hda1 /mnt/win95 Com isso, a partiçõo Win95 está vizualizada no diretório /mnt/win95 Porém, isso só dá acesso numa sessõo, para o linux carregar logo no boot, adicione a partiçõo no arquivo /dev/inittab ...Agora o método para vizualizar o Linux no Win95 Existem 2 programinhas que fazem isso: - Linux Read - Só não permite escrever na partiçõo Endereço: Disponível como lread??.zip em Simtel.net - ?????????? - Vizualiza partições ext2fs Endereço: http://www.globalxs.nl/home/p/pvs/ Para montar uma partiçõo tradicional, usamos o comando: mount /dev/hd? /destino (e.g. mount /dev/hd1 /dos) Mas se a partiçõo for win95, e os arquivos tiverem extensõo maior que 8digitos.3digitos, esses arquivos aparecerõo "truncados", tipo, em vez de eu adoro sorvete.html fica euador~1.htm... Para nõo acontecer isso, temos que montar a partiçõo com parâmetros vfat, para isso, compile seu kernel para suportar vfat e ao for montar a partiçõo, utilize o comando: mount -t vfat /dev/hd? /destino (ex. mount -t vfat /dev/hda /win95) Outro jeito, para alguém que monta as partições na inicializaçõo, tem de se editar o arquivo /etc/fstab, e em vez da palavra msdos, você coloca vfat.